Muito se fala da importância da função materna na vida
dos seres humanos . Ela é fundamental, mas tão necessária quanto ela é a função
paterna. E não falo aqui necessariamente dos pais biológicos, mas de todos
aqueles que exercem essa função.
A figura paterna é responsável por questões
muito importantes na formação de um indivíduo, entre elas:
- A função de educar e estabelecer limites, fundamentais para inserir o
indivíduo no meio social de forma
adequada. A noção de limite deve ser passada desde muito cedo, a partir do
primeiro ano de vida, para que a criança
possa perceber e internalizar seus limites e restrições, entendendo assim o que
ela pode, ou não, fazer. Essa noção refletirá em seus relacionamentos futuros e
em sua maneira de se posicionar na sociedade.
- Oferecer suporte e apoio emocional para a socialização, estimulando a criança
a ganhar confiança para expandir suas relações fora do meio familiar . Durante
os primeiros anos da infância, ela é muito dependente da mãe, e isso faz,
muitas vezes, com que a criança se sinta segura somente diante de sua presença.
Além de figura paterna, o pai, nesse período, representa simbolicamente os
vínculos e relacionamentos externos a essa relação mãe-criança. E o seu papel é fazer com que o filho se desprenda dessa relação de dependência
materna, e comece a explorar novos
relacionamentos. Isso possibilitará o desenvolvimento adequado de suas
habilidades sociais. Uma maneira do pai fazer isso seria participando
ativamente do dia-a-dia dos filhos, dividindo sempre que possível com a
mãe os cuidados com a criança e
estimulando nesta o convívio com outras pessoas e a sua independência.
- A função de protetor da família, gerando na criança a confiança de ter alguém
que a protegerá enquanto ela não puder fazer isso sozinha.
- Dar afeto e carinho. A relação saudável entre pai e filho auxilia no
desenvolvimento de autoestima e autoconfiança na criança. Uma forma que muitos
pais encontram para se aproximarem dos filhos é através das brincadeiras.
Elas são importantes, pois fortalecem o
vínculo, a intimidade e o grau de confiança entre eles. No entanto, elas
precisam acontecer de modo natural e no momento propício, para que não se
tornem algo mecânico e sem prazer para um dos lados. É importante ressaltar que
uma relação saudável entre pais e filhos
é aquela onde há apoio emocional sem que haja superproteção. Por
exemplo, o pai que deixa o filho ganhar toda vez que fazem alguma atividade
onde haja competição, como em jogos, ou o pai que tenta resolver os conflitos
do filho ao invés de estimulá-lo a refletir e encontrar uma solução, não estão
favorecendo o desenvolvimento dessas crianças , pelo contrário, estão mostrando
a elas uma visão distorcida da realidade, o que pode fazer com que esses
sujeitos se tornem adultos com
dificuldades em lidar com frustrações e que desistem facilmente de seus
objetivos. Outro exemplo prejudicial é o da criança que brinca somente com os pais.
Esses devem estimular os filhos a brincarem com outras crianças, o que irá
favorecer o desenvolvimento de suas habilidades sociais.
Artigo publicado em:
- Revista Vigor - Movimento e Saúde: http://www.revistavigor.com.br/2012/08/31/um-olhar-sobre-a-funcao-paterna/
Artigo publicado em:
- Revista Vigor - Movimento e Saúde: http://www.revistavigor.com.br/2012/08/31/um-olhar-sobre-a-funcao-paterna/