O texto abaixo é um trecho do artigo contido no livro "ALÉM DA SINOPSE", escrito pelo Especialista em Sociologia e Educação Roberto Guimarães e por mim.
Para ler o texto completo, além de outros artigos como este, adquira o livro "ALÉM DA SINOPSE - A Arte imita a Vida", disponível no site Clube de Autores
AVISO: o texto abaixo contém SPOILERS
O filme O Deserto dos Tártaros é uma adaptação do livro homônimo escrito por Dino Buzzati. Narra a história de um tenente que, em sua primeira missão, é destacado para o forte Bastiani, um posto da fronteira que faz divisa com uma remota e desértica região. Acreditava-se que, sabe-se lá quantos anos atrás, os tártaros haviam atacado e, apesar de não haver indícios, poderiam atacar novamente algum dia.
A história é bastante simples no que se refere aos acontecimentos; toda complexidade decorre dos conflitos entre as expectativas e as realizações do tenente Drogo durante sua permanência no forte. Por isso a adaptação do livro para uma linguagem mais dinâmica, como a cinematográfica, foi um fracasso, segundo nossa opinião. O filme não é capaz de transmitir toda a carga emocional contida no livro e deixa o espectador “a ver navios”. Por não fazer jus a tão bela obra literária, decidimos explorar o tema em nossa análise e, quem sabe, aproximar o expectador da riqueza conceitual que a sétima arte não pôde capturar.
O livro se inicia com o recém-saído da academia, Drogo, organizando-se para uma viagem ao forte Bastiani, para o qual fora destacado. Fica claro ao leitor que Drogo não fazia ideia do que encontraria por lá. Tampouco a fronteira havia sido escolha sua; apenas seguia as determinações que lhe colocaram.