Billy Elliot: A Restrição Parental à Liberdade de Escolha dos Filhos

O texto abaixo é um trecho do artigo contido no livro "ALÉM DA SINOPSE", escrito pelo Especialista em Sociologia e Educação Roberto Guimarães e por mim.


Para ler o texto completo, além de outros artigos como este, adquira o livro "ALÉM DA SINOPSE - A Arte imita a Vida", disponível no site Clube de Autores




AVISO: o texto abaixo contém SPOILERS.

Billy Elliot é um filme tocante que retrata a vida de um jovem garoto que vive em um bairro simples numa pequena cidade da Inglaterra, juntamente com o pai e o irmão mais velho. Estes trabalham como operários em uma mina e promovem o sustento da família. Contam com poucos recursos e não vislumbram outras formas de ganhar a vida. Enquanto isso, Billy Elliot, o mais novo, apesar da imposição do pai à prática de boxe, depara-se com o Ballet. Temendo ser repreendido pelo pai e pelo irmão, decide praticar escondido.

Seu receio era justificável, uma vez que frequentemente o homem que envereda pelo Ballet sofre todo o tipo de preconceitos. Numa família que constituiu a ideia de homem vinculada ao trabalho braçal e à severidade nas relações, não seria tarefa fácil encontrar espaço para uma arte como a dança.

Mesmo sabendo dos riscos de ser descoberto, a paixão pelo Ballet foi mais forte, paixão que se fortalecia quanto menos atrativos os modelos de vida do pai e do irmão se mostravam, não somente por carrega-los de frustrações tocantes ao escasso retorno financeiro, que limita possibilidades, como pela desesperança de realização pessoal que promoviam.