O texto abaixo é um trecho do artigo contido no livro "ALÉM DA SINOPSE", escrito pelo Especialista em Sociologia e Educação Roberto Guimarães e por mim.
Para ler o texto completo, além de outros artigos como este, adquira o livro "ALÉM DA SINOPSE - A Arte imita a Vida", disponível no site Clube de Autores
AVISO: o texto abaixo contém SPOILERS.
O filme Um Dia de Fúria narra a história de um indivíduo de meia-idade que “subitamente” é acometido por raiva intensa e inicia uma sequência de atos violentos por onde passa. A maior parte dos comentários que nos chegou sobre a situação vivenciada pelo protagonista revela a ideia de que a causa de rompantes como este reside exclusivamente no indivíduo e em seus relacionamentos e dinâmicas de vida imediatas.
Realmente, uma análise inicial pode levar a concluir desta maneira. O abalo emocional resultante de sua condição de desempregado e do processo de divórcio pelo qual passava poderia ser suficiente para justificar o impulso agressivo dos crimes que viria a cometer. É mais fácil aceitar que algo ruim que acontece ao outro tem apenas o outro como culpado do que compreender que as mesmas condições que impulsionam alguém ao revés também nos influenciam e, portanto, podem nos levar às mesmas consequências. Porém, se olharmos mais a fundo, poderemos encontrar na própria cultura os maiores promotores da violência.